Os veículos elétricos a bateria, como os fabricados pela Tesla, estão se tornando o símbolo da mobilidade com emissão zero e são o foco de atenção de alguns legisladores quando se trata de regras e regulamentações que ditam os tipos de carros que poderemos comprar ou dirigir no futuro.
Outras opções de veículos disponíveis no mercado não exigem tantas mudanças, sacrifícios ou compromissos, como os híbridos e os híbridos plug-in, que podem funcionar com gasolina em um posto comum.
No entanto, a fabricante de automóveis de luxo alemã BMW e a gigante japonesa Toyota estão apostando fortemente em produtos movidos por um combustível do futuro, que está sendo adotado por outras montadoras como a Hyundai.
Ainda assim, essa pode não ser a decisão mais inteligente que eles já tomaram.
De acordo com um anúncio recente, a BMW e a Toyota irão colaborar no desenvolvimento de um novo veículo movido a hidrogênio, com lançamento previsto para 2028.
A dupla tem a intenção de que essa nova oferta estabeleça a tecnologia de células de combustível de hidrogênio, que consiste em um gerador movido a hidrogênio, baterias e motores elétricos, como uma alternativa aos veículos elétricos a bateria que ambas as marcas já oferecem.
Poucas informações sobre o novo carro foram divulgadas, mas a BMW afirma que ele será baseado em um modelo já existente em seu portfólio. Isso significa que um sedã da série 3 ou 5 movido a hidrogênio, ou um SUV crossover X3 ou X5, não está totalmente descartado.
Contudo, as empresas japonesa e alemã afirmaram que desenvolverão em conjunto uma “tecnologia de motorização de nova geração”, que será utilizada em carros das linhas de ambas as montadoras.
No final das contas, eles esperam que o resultado dessa colaboração expanda a quantidade de carros movidos a células de combustível de hidrogênio no mercado e ofereça mais opções para consumidores conscientes sobre combustível.
Segundo dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos, a infraestrutura de abastecimento de hidrogênio ainda não se desenvolveu além do estado da Califórnia, onde todas as 55 estações de abastecimento de hidrogênio do país estão localizadas exclusivamente. Além disso, se você conseguir morar perto de uma dessas estações, principalmente na área da Baía de São Francisco e Los Angeles, esteja preparado para pagar preços que fazem encher o tanque de um Ferrari parecer uma pechincha, se conseguir encontrar uma estação funcionando.
Durante o teste do Toyota Mirai realizado pelo Donut Media, o apresentador Nolan J. Sykes observou que, ao contrário dos carregadores de veículos elétricos conectados à rede elétrica ou dos postos de gasolina regularmente abastecidos com combustível, o aplicativo que eles usaram para encontrar estações de abastecimento de hidrogênio mostrou que muitas das estações estavam offline ou simplesmente sem hidrogênio.
“Você pode dirigir uma longa distância até uma estação que o aplicativo indica estar funcionando, desperdiçando uma boa quantidade de seu precioso combustível no processo, e a estação pode estar fechada de qualquer forma, ou pode haver uma fila enorme, ou o cara que chegou antes de você teve a bomba congelada no carro dele”, disse Sykes.
Sykes notou que, durante o teste, o carro consumiu relativamente pouco hidrogênio, o que foi confirmado quando eles completaram o tanque enchendo-o com um quilo de hidrogênio, que custou US$ 27,70. A Toyota afirma que o tanque do Mirai comporta “aproximadamente 5 quilos”, o que estimaria um tanque cheio em US$ 138,50.
